SILVÉRIO SIROTHEAU: A RUA QUE HOMENAGEIA UM DOS ADVOGADOS E POETAS MAIS NOTÁVEIS DE SANTARÉM

Santarém, no oeste do Pará, tem centenas de ruas dedicadas a homenagear diversas personalidades. Na parte central da cidade, passando pelos bairros Centro, Aldeia, Fátima, Laguinho e Liberdade fica localizada a rua Silvério Sirotheau . Nela viveu o poeta de mesmo nome, que figurou entre os mais cultos de sua época.

Silvério Sirotheau Correa nasceu em 20 de junho de 1906. Filho de José Brígido Corrêa e Amélia Sirotheau, sendo discípulo do Frei Ambrósio Philipsenburg, grande educador da juventude santarena. Foi o frade franciscano que lhe deu, além do estudo primário, os alicerces da formação espiritual de que era possuidor, através da Escola Paroquial São Francisco, da Associação Aloisiana e da Congregação Mariana dos Moços Frei Ambrósio. 

Foi discípulo de Frei Ambrósio Philipsenburg, o grande educador da juventude santarena, O frade franciscano que lhe deu, além do estudo primário, os alicerces da formação espiritual de que era possuidor, através da Escola Paroquial São Francisco, da Associação Aloisiana e da Congregação Mariana dos Moços. Frei Ambrósio.

Participou, também, como flautista da banda de música infanto-juvenil “Sinfonia Franciscana” criada por aquele saudoso sacerdote e dirigida pelo Prof. Luiz Bonifácio da Silva Barbosa. Em 1921, passou a frequentar aulas de piano do Professor José Agostinho da Fonseca. Muito embora fosse possuidor de elevada sensibilidade artística, cedo abandonou a prática da música, transferindo-se para Belém, ali fazendo o ginásio e os preparatórios para ingresso no curso superior. Paralelamente, exercia funções na Diretoria Regional dos Correios na capital, o que lhe garantia o sustento.

Com o falecimento de seu genitor, retornou à terra natal, para substituí-lo no cargo de Notário Público do Cartório do 2º Ofício da Comarca (hoje 3º Ofício), cujas funções exerceu com de 1928 a 1947. Tornou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Antiga Faculdade de Direito do Pará.

Foi professor de Literatura e História da Civilização da Escola Normal “Santa Clara”, Vereador, Deputado Estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA) e por mais de três décadas, advogado militante no foro de Santarém, exercendo, também, as funções de Primeiro Promotor Público da Comarca.

Valendo-se de uma pequena coleção de tipos e de um antigo prelo manual, fez circular em 1925, sob sua orientação, o semanário “O Tempo”. Nesse jornal, que tinha sua redação e oficina precariamente instaladas nos fundos do cartório de seu pai, ele acumulou funções que iam do redator ao tipógrafo. Em dezembro de 1930, fundou e dirigiu o semanário “A Justiça” de circulação até janeiro de 1932 e em seguida, a “Gazeta do Norte”, com o qual encerrou, em fins do mesmo ano, as suas atividades jornalísticas. Posteriormente, passou a colaborar ocasionalmente em jornais da terra.

A qualidade e suavidade de seus versos foram reconhecidas em um concurso público de âmbito nacional promovido em 1929 pela revista “Vida Doméstica”, do Rio de Janeiro, quando o seu soneto “Definição” foi premiado com a primeira classificação. Outro poema conhecido foi intitulado “Essas mãos, esses lábios”, produzido no ano de 1971 e que dedicou a sua mãe. O poeta faleceu em 16 de fevereiro de 1980, aos 73 anos.