Assim como a Rainha Elizabeth II esteve em 117 países durante as sete décadas de reinado, outros membros da Família Real Britânica também realizam visitas diplomáticas em diversas partes do mundo. O novo rei, Charles III, acumulou uma vasta experiência fora da sua terra natal, sendo uma delas a Amazônia.
A primeira vez na maior floresta tropical do mundo aconteceu em 1991 quando visitou a Serra do Carajás. Em 14 março de 2009, o então Príncipe de Gales realizou sua segunda passagem visitando localidades no Estado do Pará.
Na ocasião, Charles esteve em Alter do Chão, patrimônio cultural e um dos principais cartões postais do norte do Brasil. Caminhou rapidamente pela orla e desceu as escadas até a embarcação que o levou para a comunidade de Maguari, na Floresta Nacional do Tapajós.
Durante o percurso dialogou com políticos, pesquisadores e lideranças locais e por lá, conheceu a iniciativa de atendimento médico do Projeto Barco Saúde & Alegria e fez uma breve caminhada pela floresta. O príncipe também ensaiou alguns passos de carimbó, ritmo característico da região.
Homenagem
Com o objetivo de recordar e divulgar o turismo regional, em especial Alter do Chão (PA), o jornalista Fábio Barbosa criou um marco histórico no Google Maps, destacando o lugar exato onde o Príncipe Charles esteve em Alter do Chão.
A escadaria, na orla da vila balneária, foi nomeada de Prince Charles Boarding e pode ser avaliada de maneira colaborativa e encontrada nas buscas do Google, além de agrupar informações relevantes sobre a visita do herdeiro do trono britânico à Amazônia.
“A ideia é relembrar a visita de um monarca britânico, possivelmente o único que visitou ou visitará a região do Tapajós. Sou defensor de que houvesse um marco histórico, algo físico que fizesse alusão à passagem do herdeiro do torno britânico, agora Rei Charles III, quando ele esteve em Alter do Chão e em Maguari, onde ele plantou uma árvore”, ressalta.
Fábio destaca ainda que nossa região possui forte relação com o Reino Unido. Além da grande presença de turistas oriundos daquele país, que fomenta a economia local, um número significativo de projetos sociais desenvolvidos e comunidades ribeirinhas recebem o apoio financeiro de fundações ligadas tanto ao Príncipe Charles, quanto ao Governo Britânico.
“A viagem de Charles em 2009, inclusive, foi para estreitar esses laços e ver alguns resultados desses projetos. É importante que se tenha essa noção de que há uma profunda relação com a nossa comunidade e de que estamos falando de uma presença que não acontece todos os dias”, conclui o jornalista.