Embarcação que naufragou no Rio Xingu em 2017, permanece abandonada e oferecendo risco à navegação no Pará

O barco “Capitão Ribeiro”, que naufragou no Rio Xingu em 2017, permanece abandonado e oferecendo risco à navegação no Pará. Atualmente, em Santarém, oeste do estado, ela está na área conhecida como praia da Sudam, há aproximadamente 63 metros da margem no rio Tapajós. 

A embarcação está próximo a uma área de grande fluxo de navegação, com casco submerso e partes do convés acima da linha da água, situação que fica ainda mais evidente no período de seca, quando o nível do rio diminui e uma parte ainda maior fica exposta.

Segundo apurou o Portal Aldeia News, a embarcação volta a ser alvo da Capitania Fluvial, que pretende localizar o proprietário visando sua remoção. Caso o responsável não efetue a reflutuação ou a retirada, poderá perde-la definitivamente. O processo ainda não tem prazo para encerrar, mas a expectativa é que esteja concluído na próxima vazante do rio, quando haveria condições favoráveis a sua retirada. O barco pertenceria à empresa Almeida e Ribeiro Navegação, tendo como proprietário, Alcimar Almeida da Silva.

Foto da embarcação em 2020

Afogamento

Além da navegação, o barco naufragado também oferece risco para banhistas e frequentadores da praia da Sudam. Frequentemente, pessoas são vistas nadando no entorno ou até mesmo na própria embarcação o que já ocasionou acidentes.

Em junho de 2018, um jovem de 18 anos morreu quando tentava resgatar um amigo que não sabia nadar. O Corpo de Bombeiros ainda foi acionado, mas quando chegou ao local, Rodrigo Colares de Sousa já tinha sido retirado da água e estava sem vida.

Na ocasião, testemunhas disseram que o jovem estava com um grupo nadando próximo a embarcação no momento do acidente.

Foto da Embarcação tirada em junho de 2019

Naufrágio em 2017

O “Capitão Ribeiro” naufragou em 22 de agosto de 2017, no Rio Xingu, nas imediações da Vila do Maruá, em uma área denominada Ponte Grande do Xingu, entre Porto de Moz e Senador José Porfírio. Chovia quando o barco afundou e muitos sobreviventes disseram que a embarcação foi atingida por uma tromba d’água – fenômeno similar a um tornado. Foram 25 mortos

A embarcação estava autorizada pela Marinha a efetuar o trajeto entre Santarém e Prainha. Porém, no momento do acidente estava efetuando a linha entre Santarém e Vitória do Xingu, com escalas em Monte Alegre e Prainha. Dias após o acidente, o barco foi resgatado e levado para Santarém.