Comunidade quilombola em Monte Alegre (PA) colhe quase uma tonelada de feijão-manteiguinha

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A comunidade quilombola Peafu, em Monte Alegre, no oeste do Pará, viu no plantio do feijão-manteiguinha uma oportunidade de melhorar a vida de muitas famílias. Na última colheita, que terminou em janeiro deste ano, a produção foi de quase uma tonelada. A iniciativa tem o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), que implantou uma Unidade Demonstrativa (UD) na comunidade. 

O experimento na UD vem sendo feito a partir de sementes melhoradas geneticamente pela Emater, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Centro de Treinamento Agroecológico, Inovação Tecnológica e Pesquisa Aplicada do Nordeste Paraense (UDB), em Bragança. O processo de pesquisa durou por volta de seis anos.

O plantio é feito em área de várzea – região à margem de um curso d’água que fica inundada durante as cheias, sendo áreas muito propícias à agricultura devido à fertilidade do solo. Na propriedade da remanescente, o plantio do feijão vai de julho a setembro e, a colheita, de outubro a janeiro, todos os anos. A área de plantio é de 1,5 tarefas, mas, em breve, a remanescente pretende aumentar a área para produzir mais. A produção é comercializada nas feiras e mercados do município de Monte Alegre, onde a produtora vende o quilo do feijão a R$ 5, e a saca, R$ 300.

Um levantamento será realizado pelo escritório local do município para levantar informações sobre a produção do feijão-manteiguinha. O objetivo é rastrear os produtores da região para conhecer com mais propriedade a quantidade de produtores e as variedades plantadas, por exemplo, a fim de traçar um plano de ação para alavancar a produção na região.

Fonte: Agência Pará