Municípios do Oeste do Pará são destaque na produção nacional de ouro e alumínio nos primeiros meses de 2020
Municípios do Oeste do Pará são destaque na produção nacional de ouro e alumínio nos primeiros meses de 2020. Trata-se de Itaituba, Oriximiná e Juruti, segundo um levantamento feito pelo Blog do Zé Dudu, com base em dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) que leva em conta operações minerais de 1º de janeiro a 29 de fevereiro.
Itaituba está entra os 10 maiores produtores de lavra de ouro. Em 2019, o município paraense encerrou como o 3º maior produtor nacional, atrás de Paracatu (MG) e Sabará (MG). Porém, em 2020, a diferença vem caindo. Enquanto Paracatu rendeu R$ 560,08 milhões em ouro até o momento, Itaituba aparece com R$ 394,42 milhões. Se mantiver o ritmo, a cidade pepita paraense alcança a liderança até o fim do ano.
Na liderança nacional da produção de alumínio Oriximiná e Juruti aparecem em 2º e 3º lugares com rendimento de R$ 221,2 milhões e R$185,1 milhões, respectivamente. Os dois só perdem para Paragominas com R$ 234 milhões. Comerciante, a disputa envolve as empresas Mineração Rio do Norte, Alcoa e Mineração Paragominas.
Desempenho do Pará
Dos R$ 24,9 bilhões que a indústria extrativa mineral produziu em recursos minerais nos primeiros 60 dias deste ano, em 2.124 municípios brasileiros, 78% estão concentrados em 25 localidades, com destaque para os municípios paraenses localizados no complexo minerador de Carajás, produtores de minérios de ferro e cobre. Parauapebas, Canaã dos Carajás e Marabá produziram, juntos, R$ 9,7 bilhões e respondem por quase 40% da movimentação financeira mineral do país. Esses municípios são o paraíso da mineradora multinacional Vale, onde ela espalha seus tentáculos comerciais e de onde retira seu maior lucro global.
O pódio da produção mineral é dividido entre Parauapebas, que produziu até o momento R$ 5,35 bilhões, e Canaã dos Carajás, que surge com R$ 3,29 bilhões. A distância entre o primeiro, detentor das operações de minério de ferro na Serra Norte de Carajás, e o segundo, que tem ferro na Serra Sul de Carajás e cobre na Serra do Sossego, nunca foi tão pequena. Em maio do ano passado, pela primeira vez na história, Canaã chegou a produzir mais minério de ferro que Parauapebas, e a partir do ano que vem a guinada de Canaã sobre Parauapebas será questão de tempo.
Marabá, maior produtor nacional de cobre e de manganês, ocupa hoje o 5º lugar, mas até 2022 deve disputar o 3º lugar, em razão do aumento da capacidade nominal de sua mina de cobre Salobo, que se encontra em segunda expansão. Quando Salobo estiver com capacidade operacional ampliada, Marabá deve rivalizar com Conceição do Mato Dentro e Congonhas, ambos localizados em Minas Gerais.