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Tramas do Desenho: arte contemporânea toma conta de Outdoors em Santarém

O Projeto Tramas do Desenho – Intervenções para Outdoor, contemplado pelo Prêmio Preamar de Cultura e arte 2020 da Secult  e Governo do Pará, iniciou suas atividades em Santarém. Desde o dia 02 de setembro, a cidade conta uma exposição de “artdoors” instalados em diferentes pontos. Cada outdoor veicula uma imagem realizada pelo artista plástico Egon Pacheco que celebra 20 anos de trajetória.

“São desenhos inéditos que abarcam diferentes momentos e fases da minha produção. Eu tomo esses desenhos executados a mão num formato mínimo sobre papel e transponho para o espaço urbano em escala aumentada. Os desenhos são abstrações que exploram meu interesse pelas formas orgânicas da natureza”, declara Egon.

A exposição estará organizada em três etapas entre os meses de setembro e outubro, sempre trazendo novas imagens do acervo de inéditos do artista, que retoma a rotina de exposições após um intervalo de 5 anos.

“Essa é uma proposta de reação ao contexto de pandemia que inviabilizou a realização de eventos de arte em todo o mundo. Da mesma forma, pretendo alcançar um público que, provavelmente, não está familiarizado com a arte contemporânea o que pode representar uma experiência de estranhamento e aproximação.” Completa o artista.

Formas da natureza  

O fato de serem desenhos abstratos e não figurativos não significam que eles não tenham conexão com a realidade. O ponto de partida de todos os desenhos foi um trabalho de observação da natureza e de elementos da nossa cultura.

São formas em espiral que evocam o olho d’agua, formas orgânicas que lembram galhos de árvores ou até mesmo a visão cartográfica dos rios da região. Sementes, rochas e até mesmo a Castanha do Pará, estão presentes na obra.

Sobre o autor

Egon Pacheco iniciou sua trajetória em 1999, tendo realizado exposições individuais em escala local e regional. Participou de diversos salões e exposições coletivas como o Salão Arte Pará, o Salão de Abril de Fortaleza, o Salão de Artes do Sesc Amapá e a exposição Arte Amazoniense em Quebec, no Canadá. Possui obras em acervos no Museu de História e Arte Sacra de Santarém, na Casa da Memória Graça Landeira em Belém e em coleção particulares no Brasil e no Exterior.