No Amazonas, hospitais ficam sem oxigênio e Manaus entra em calamidade pública

“Transportar oxigênio de outros estados, em caráter de guerra, é uma necessidade para salvar vidas”, afirma o médico e presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mário Viana.

O estado de calamidade pública chegou à capital amazonense nesta quinta-feira (14) após registrar falta de oxigênio para pacientes hospitalizados com a Covid-19.  Ações das autoridades para restabelecer o abastecimento da região é um pedido de súplica de moradores de Manaus e do médico e presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mário Viana.

“Vários hospitais já estão com falta de oxigênio e pacientes que fazem parte do oxigênio estão sendo ‘ambuzados’ (prática médica que usa um animador manual para uma respiração mecânica simular), mantidos vivos pelo esforço dos profissionais médicos, técnicos e enfermeiros”, relatou o profissional da saúde, em um vídeo.

No Twitter, o nome da cidade ‘Manaus’ é o primeiro assunto mais comentado do momento do Brasil, com mais de 211 mil Tweets. Vários são os relatos emocionantes da população local que expressam o desespero que os moradores estão vivenciando com a falta de oxigênio.

Em caráter de urgência, Forças Armadas levam cilindros de oxigênios ao Amazonas. Foram 386 cilindros à capital do Amazonas em caráter de urgência na última sexta-feira (8). Na quarta (13), mais seis foram entregues pela manhã, em operação que deve durar até o próximo domingo.

Apesar da tentativa de ajudar, o grande problema é que o volume médio do recurso aumentou onze vezes nas últimas semanas, chegando próximo da casa dos 70 mil metros cúbicos, o que exige uma operação avançada de preparação. ‘Omissão das autoridades fere direito constitucional à saúde e integridade da vida’, afirma a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua), que se solidariza com os profissionais de saúde que estão na linha de frente da combate à covid-19 e denuncia a omissão de instituições e de governantes

Fonte: O Liberal