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No Hospital Regional do Baixo Amazonas, taxa de aceitação de famílias para doação de órgãos é de 62%

No Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, no oeste do Pará, a taxa de aceitação das famílias para a doação de órgãos atingiu 62%, uma porcentagem acima da média nacional. Em todo o País, 40% das famílias recusaram a doação de seus parentes após a morte encefálica comprovada. Os dados se referem a um estudo da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), divulgado em 2019.

De acordo com a direção da unidade, os bons resultados são fruto de ações educativas e de conscientização sobre a importância de ser um doador. Mantido pelo Governo do Pará e gerenciado pela Pró-Saúde, entidade com mais de 50 anos na área de serviços de saúde, o HRBA é referência para 1,3 milhão de pessoas.

Desde 2012, o Regional do Baixo Amazonas é habilitado pelo Ministério da Saúde para captação múltipla de órgãos. Já foram realizadas 36 captações que resultaram na doação de 141 órgãos até agosto de 2020. A unidade agora busca habilitação para a realização de transplante de córnea.

Processo de doação

As buscas por doadores de órgãos são realizadas diariamente pela equipe da OPO em diversas unidades de saúde na região do Baixo Amazonas. Quando identificado o possível doador, é feito o monitoramento do caso.

Se confirmada a morte encefálica do possível doador, são realizados testes clínicos e exames complementares. A equipe inicia, então, o processo de acolhimento da família, para que a doação seja autorizada conforme necessário pela legislação.

No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar. De acordo com o Ministério da Saúde, não há como garantir efetivamente a vontade do doador, no entanto, quando a família tem conhecimento do desejo de doar pelo parente falecido, esse desejo costuma ser respeitado.

Fonte: HRBA