Juruti, no oeste do Pará, completa nesta quinta-feira, 9 de abril, 137 anos de emancipação política, quando foi elevada à categoria de município. Em 2020, a programação para comemorar a data deveria contar com práticas esportivas, o Festival da Canção, celebrações e o Show Cabaré do Brega, que acabaram sendo cancelados por conta da pandemia de Coronavírus. A tradicional missa em ação de graças ocorreu sem público e foi transmitida pelas redes sociais.
O município teve origem em uma aldeia de índios Munduruku, no século XIX, e mantém influência marcante da cultura indígena. Tem população de cerca de 57 mil habitantes e já viveu importantes ciclos econômicos, como os da extração do pau-rosa e da juta. Em 1900, acabou sendo extinto, tendo seu território anexado aos municípios de Faro e Óbidos, retomando a emancipação apenas em 1913.
Bauxita
Em 2019, no ano em que a mineradora Alcoa completou 10 anos de operação no Pará, Juruti atingiu uma marca histórica: o embarque de nº 1000. A empresa encerrou o ano com a performance de 6,9 milhões de toneladas de bauxita, totalizando 126 navios carregados, com média de 55 mil toneladas por embarcação.
Juruti possui um dos maiores depósitos de bauxita de alta qualidade do mundo, com um potencial de cerca de 700 milhões de toneladas. Dos 1.600 colaboradores diretos e indiretos que trabalham na planta de bauxita do município, 83% são do Pará, sendo aproximadamente 670 jurutienses.
Tribos
O Festribal é uma festa cultural realizada sempre no último fim de semana do mês de julho ou início de agosto e resgata em forma de espetáculo a cultura indígena nativa da cidade. O palco das apresentações é o Tribódromo, arena onde as tribos Muirapinima (vermelho e azul) e Munduruku (vermelho e amarelo) se enfrentam pela conquista de mais um título. A festa retrata a cultura indígena em forma de música, artes cênicas, alegorias e danças.
