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Travessia do Rio Amazonas: empresários defendem substituição de ponte por Terminais de Ferry Boat

A travessia do rio Amazonas é um dos desafios logísticos para a integração entre a região da Calha Norte e a rodovia BR-163. Surpreendentemente, em 2019, o Governo Federal, por meio do Projeto Barão do Rio Branco, cogitou a construção de uma ponte interligando as margens no município de Óbidos, no oeste do Pará. Porém, um ano depois, empresários defendem adequações no projeto, o que inclui a substituição da ponte por Terminais de Ferry Boat no município de Santarém.

De acordo com o que apurou o Portal Aldeia News, o assunto vem sendo debatido em reuniões, incluindo atividades do Grupo de Gestão Integrada e Desenvolvimento Regional Sustentável (GGI-DRS).

Entretanto, ainda não há a confirmação se a proposta será apresentada ao Ministério da Infraestrutura. Por enquanto, debates e estudos a respeito seguem com a finalidade de comprovar a viabilidade do projeto.

Entre os motivos avaliados pelo setor produtivo do Baixo Amazonas estão o alto custo e os possíveis impactos ambientais na construção da ponte. Em Óbidos, apesar de ser a parte mais estreita é também a parte mais profunda do rio Amazonas o que demandaria a execução de uma complexa estrutura de engenharia, que além de desafiar a natureza, poderia custar uma cifra superior a R$ 1 bilhão.

A travessia do rio no município de Santarém, entre a zona leste da cidade e o porto da comunidade Santana do Tapará, nas proximidades da divisa com o município de Monte Alegre, em um trajeto feito por Ferry Boat’s em aproximadamente 2 horas.

Onde atualmente se encontram portos improvisados, a ideia seria construir terminais para embarque e desembarque. Com o futuro asfaltamento da própria BR-163 e da PA 254 seria possível interligar por estradas um número maior de municípios, rompendo o isolamento da região.   

Projeto Barão do Rio Branco

É um plano de desenvolvimento da região amazônica que prevê a construção de uma hidrelétrica no Rio Trombetas, a construção de uma ponte no Rio Amazonas, e a conclusão da BR-163 até a fronteira entre Brasil e o Suriname.

A hidrelétrica tem como objetivo garantir o fornecimento de energia para a Zona Franca de Manaus, auxiliando na exploração de minérios como o ouro e a bauxita. Com a manutenção e expansão da BR-163, o governo espera ligar as hidrovias e prover maior mobilidade aos 800 mil habitantes. O projeto pode afetar 27 terras indígenas e áreas protegidas.

Potencial geopolítico consolida emancipação do Baixo Amazonas e favorece criação de novo estado

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