Fibra cultivada em Alenquer (PA) alimenta maior fabricante de produtos de juta das Américas

O município de Alenquer, no Oeste do Pará, é o único que produz sementes de juta no Brasil, com capacidade para exportação. É o que aponta a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), que destaca ainda que até o final de março, mais de 55 toneladas devem ser colhidas por famílias ribeirinhas de várias comunidades.

A iniciativa do cultivo da fibra que serve como revestimento interno de automóveis e como substituto do gesso na construção civil, foi desenvolvido pela própria Emater em parceira com produtores rurais locais e vem gerando renda para 38 famílias envolvidas no processo de plantio e colheita desde 2017.Toda a produção é enviada para a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC), a maior fabricante de produtos de juta nas Américas.  

As áreas de plantio nas comunidades somam 19 hectares, sendo que a média de produção de cada um chega a 3.500 toneladas. As comunidades envolvidas são: Suribimiri de baixo, Suribimiri de cima, Subiaçu, Arapiri, Centro do Arapiri, Urucurituba e Salvação, esta última com previsão de colheita de 22 toneladas da juta.

Cada imóvel possui cerca de 0,5 hectares de área plantada, com ciclo curto de três meses para colher, sendo que cada família recebe aproximadamente R$ 4 mil, o que totaliza R$ 154 mil no montante total. Na elaboração do projeto de resgate da cultura da juta, a Emater contou com a parceria da CTC da Prefeitura Municipal de Alenquer.

A juta é uma planta utilizada como matéria-prima na indústria de sacaria, sendo de grande importância nesse segmento. As fibras secas também são utilizadas em algumas indústrias moveleiras, que empregam tecidos feitos com a juta como revestimento rústico, entre outras aplicações. 

Com informações da Agência Pará.