Maniva Tapajós: Projeto completa 7 anos com mais de 15 mil mudas distribuídas
O projeto agora batizado de Maniva Tapajós, que começou em 2014 na Vila de Boa Esperança, município de Santarém, completa sete anos de existência com registro positivo. Durante esse período já foram distribuídas mais de 15 mil mudas de mandioca micropropagadas a produtores da região, depois que eles enfrentaram elevados prejuízos com um fungo que afetou a raiz da planta produtora da mandioca. O projeto está em sua quarta etapa de atividades laboratoriais e de campo em benefício do produtor rural.
Devido ao resultado positivo, o projeto estende seu plano de ação para atender a produtores rurais das cidades de Belterra e Mojuí dos Campos. O objetivo também é de proporcionar a agricultores desses municípios a produção saudável e sustentável das variedades.
O projeto teve início quando professores/pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) foram acionados pelo Grupo de Gestão Integrada (GGI) da Prefeitura Municipal de Santarém e pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-PA). O contato ocorreu porque produtores agrícolas de mandioca da vila de Boa Esperança estavam tendo perdas significativas em suas lavouras, com reflexo na renda familiar. A contribuição dos professores, que completa sete anos, ajudou no restabelecimento da maior fonte econômica e de alimento daquela região.
Os especialistas identificaram que a doença que afetava a produção da mandioca era causada pelo fungo Fusarium solani. A partir de então, foi dado início aos estudos e parcerias com órgãos e empresas locais. Pesquisadores e produtores trabalharam juntos no controle do fungo na raiz da mandioca. A presença de Fusarium solani ocasiona podridão nas raízes da planta, reduz capacidade de produção e diminui o resultado final na extração de farinha, tucupi e goma.
A pesquisadora Eliandra Sia destaca que o problema avança na região. “Infelizmente são muitas as plantações em que há a presença do fungo e sofrem com a redução de produtividade. Por isso, a pesquisa acadêmica tem sido fundamental no desenvolvimento de estratégias para que mais produtores e comunidades sejam beneficiados com o atendimento do projeto”.
Desde sua fundação, o projeto vem contabilizando resultados positivos em todas as etapas concluídas. Por meio de parcerias com a iniciativa privada e com outras instituições de ensino e pesquisa, como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), foi possível a implantação de laboratórios de Micropropagação de Plantas in vitro e Genética da Interação, a fim de produzir material com qualidade genética e fitossanitária, livre de doenças, alavancando assim a produção no campo.
“Este projeto é de grande importância para a produção agrícola local, pois contribui diretamente para o fortalecimento da agricultura familiar da região Oeste do Pará”, assegura o coordenador do projeto, Carlos Ivan Aguilar Vildoso.
Fonte: Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
Fotos: Portal Amazônia e Ufopa