O Çairé, festa tradicional do povo de Alter do Chão, com mais de 300 anos de história, vive uma edição única em 2020. Por conta da pandemia, a parte religiosa da festa teve que ser adaptada, tendo início no último dia 10 de setembro, com missa de Ação de Graças, procissão fluvial e carreata. Nesta quinta-feira, 17 de setembro, o rito teve continuidade, no lago dos Botos, também de uma forma bem diferente, com um número bem menor de pessoas e respeitando os protocolos de saúde.
Mas ainda assim, a programação mantém a tradição e a fé do povo borari. O segundo dia começou com a tradicional alvorada e as palavras da juíza e do juiz da festa, Iracilda Lobato e Osmar Vieira, respectivamente, além do coordenador do Çairé, Cleuton Von, e também do secretário de cultura de Santarém, Luís Alberto Figueira.
Depois, foi a vez do tradicional levantamento dos mastros. Os mordomos e as mordomas começaram a enfeitar os mastros do juiz e da juíza com fitas, plantas e frutas, tudo ao ritmo dos rufadoes do grupo musical Espanta Cão.
Os homens venceram a disputa e conseguiram erguer os mastros antes das mulheres. Com os dois mastros de pé, houve a procissão de benção, que contou com todos os personagens símbolos da festa. A manhã terminou com um café regional.
A programação continua no fim da tarde, a parti das 18 horas, com a ladainha, uma nova procissão dos mastros e a cerimônia Beija-flor.
Na sexta-feira 18 de setembro, o último dia da festa seguirá com alvorada, café da manhã, rito religioso e culmina com a derrubada dos mastros e a apresentação Espanta Cão.
Toda a programação do Çairé 2020 está sendo transmitida pela internet, via redes sociais da festa.