Grafite com cultura indígena e ribeirinha ganha vida nos muros de Santarém

No Pará, o grafite está transformando muros e paredes de Santarém em verdadeiras obras de arte. Trata-se do Projeto Tapajós Urbano Graffiti, idealizado e executado pelo artista plástico e grafiteiro Anjo VII. Contemplado por um dos editais da Lei Aldir Blanc que destinou auxílio emergencial ao setor artístico durante a pandemia do Covid-19, a iniciativa tomou as ruas da cidade substituindo o aspecto cinzento do concreto que predomina na área urbana. Os painéis podem ser vistos em diversos pontos como nos Bairros Prainha, Aldeia e Santarenzinho.

Com obras que valorizam elementos regionais do Tapajós, o projeto dá ênfase a cultura indígena, ribeirinha e quilombola. “O grafite é uma arte futurista e está hoje em dia em todos os cantos, mídia e filmes. Acredito que nossa arte regional não pode ser esquecida e por isso eu busco juntar os dois. Não tem como deixar nossa cultura para trás e como nortistas, devemos muito à cultura indígena e ribeirinha. O que puder eu vou fazer para celebrar e levar essa cultura para as ruas e para o público”, conclui o artista.

Em um muro no cruzamento das Avenidas Rui Barbosa e São Sebastião, no Bairro Prainha é possível avistar um deles que trata sobre a resistência da cultura indígena. Confeccionado por ocasião do dia 19 de abril, dedicado à consciência indígena os dizeres “Não há o que comemorar” traduz a indignação com o desrespeito aos direitos dos povos indígenas.

No Bairro Novo Horizonte, no muro da escola Dom Lino Vombommel o jovem índio busca aprimorar as habilidades como guerreiro e caçador. Na parede de um bar na avenida rui Barbosa com a Travessa Felisbelo no bairro da Aldeia, há um painel que celebra a consciência negra.

Outras obras podem ser vistas nas redes sociais do artista