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Artista plástico assassinado era cotado para assumir vaga na Academia de Letras e Artes de Santarém

O artista plástico Manoel Apolinário Oilveira, que foi assassinado, era cotado para assumir uma vaga na Academia de Letras e Artes de Santarém (ALAS), no oeste do Pará. A informação foi confirmada pelo presidente da entidade, Anselmo Colares. De acordo com o representante da ALAS, Apolinário conseguiria a adesão e votos suficientes para ingressas na próxima abertura de vagas.

“Trata-se de um processo público no qual a pessoa tem que manifestar interesse e se inscrever, apresentando comprovação de suas atividades no âmbito das artes ou do fomento delas e em havendo mais candidatos que o número de vagas precisa ter votos da maioria dos integrantes da Academia. Mas, ele estaria apto e muito provavelmente dessa vez entraria”, destacou Anselmo.

Segundo apurou o Portal Aldeia News, Apolinário já havia tentado ingressar na lista de imortais da cultura do Tapajós em ocasiões anteriores, porém, não obteve êxito. Autor de grandes obras e com imensa contribuição para a arte do Tapajós, Apolinário expressou seu talento de diversas formas, como na confecção de quadros, esculturas e letreiros de cidades que viraram verdadeiros cartões postais.

Fundada em 2004, a Alas reúne expoentes das letras das artes locais nos mais variados segmentos. O último processo de escolha dos novos integrantes ocorreu em 2019, sendo que, em 2020, as atividades foram suspensas por conta da pandemia.

Assassinato

Apolinário tinha 50 anos e foi vítima de um disparo no dia 15 de novembro, dia em que se realizou o primeiro turno das eleições em Santarém. Ele estava em uma festa no Hotel Barrudada para comemorar a eleição do vereador Agnaldo Promissória. O artista apresentou complicações em decorrência do ferimento e passou por 3 cirurgias antes de morrer, no dia 1 de dezembro.

A Polícia Civil que investiga o caso chegou a interrogar o atirador, porém, não divulgou o nome, baseado na lei de abuso de autoridade. O fato tem gerado revolta nas redes sociais aumentando a pressão sobre as autoridades para que o caso não fique impune.

De acordo com o Portal de Notícias G1 Santarém e Região, o disparo que vitimou Apolinário teria sido efetuado por Sandro Correa Carvalho, conhecido entre os amigos como “Santos”. Em seu perfil na rede social Facebook, ele usa o nome de “Sandro Resenha”, e diz ser membro da Maçonaria. A motivação do crime ainda não foi esclarecida.

Apolinário teve sua trajetória interrompida, mas sua vasta obra manterá seu legado vivo na cultura de Santarém.