Possível surto de anemia infecciosa em cavalos mobiliza técnicos da Adepará em Óbidos

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) encaminhou servidores para o interior do município de Óbidos, no oeste do Pará, a fim de investigar um possível início de surto de Anemia Infecciosa Equina (AIE) no rebanho local.

Segundo portaria publicada no Diário Oficial do Estado (Ioepa), entre os dias 3 e 7 de novembro, a Adepará deve dar suporte para o sacrifício de dez equinos (entre cavalos e burros) que foram positivados para a doença. Além disso, será feita a coleta de sangue de outros 60 animais, que tiveram contato com os infectados e estão sob suspeita de contagio.

Sobre a doença

A anemia infecciosa equina (AIE) é uma afecção cosmopolita dos equídeos, causada por um RNA vírus do gênero Lentivirus, que uma vez instalado no organismo do animal, nele permanece por toda a vida mesmo quando não manifestar sintomas. É uma doença essencialmente crônica, que também pode afetar jumentos, burros e mulas.

Os cavalos infectados podem apresentar febre de 40 a 41, 1° C, hemorragias puntiformes embaixo da língua, anemia, inchaço no abdômen, redução ou perda de apetite, depressão e hemorragia nasal.

A transmissão ocorre através de picada de mutucas e das moscas dos estábulos; materiais contaminados com sangue infectado como agulhas, instrumentos cirúrgicos, groza dentária, sonda esofágica, aparadores de cascos, arreios, esporas e outros materiais, além da placenta, colostro e acasalamento. O animal com esta doença deve ser isolado e, posteriormente sacrificado, pois é disseminador dela.

Texto: Michael Douglas