Secretaria de Segurança Pública alerta sobre técnicas e táticas de cibercrimes no Pará
Uma foto conhecida, um pedido para adicionar um novo número e eis mais uma tática de criminosos para tentar se passar por outra pessoa e, assim, buscar benefícios, ao pedir dinheiro, por exemplo. O avanço da tecnologia trouxe inúmeros benefícios e praticidades, porém é necessário ter cautela, sempre.
A análise criminal feita pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), por meio da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal (Siac), chama a atenção para o aumento desse tipo de crime tecnológico no Pará.
A Siac explica que a prática delituosa se caracteriza pelos crimes de estelionato e falsidade ideológica que no Estado cresce na comparação dos três últimos meses dos anos de 2018, 2019 e 2020. Inúmeras pessoas, entre autoridades e empresários, já foram vítimas de golpes do gênero que a cada dia se repetem em todo o Brasil.
Entre maio e julho de 2018, foram registrados 122 crimes de estelionato; no mesmo período, foram 364, no ano de 2019; e 300, agora em 2020. A falsidade ideológica computou 22 casos em 2018, 57 no ano passado e 35 esse ano, de acordo com dados da Secretaria de Inteligência e Análise Criminal.
A Polícia Civil já possui investigações em curso, inclusive já fez operações em conjunto com outras PCs da federação para o combate desses crimes. Para evitar que mais pessoas caiam em novos golpes, a Segup elenca algumas medidas de prevenção, a exemplo de desconfiar de todo contato novo de um familiar ou amigo.
É necessário, recomenda a PC, checar com os parentes e os amigos se o número novo procede; fazer vídeo chamada e confirmar (visualizando a pessoa) se trata-se, de fato, da pessoa dona do número; e jamais fazer qualquer pagamento, transferência ou depósito bancário sem confirmar se seu familiar ou amigo é o dono do novo número telefônico, ainda mais quando se tratar de conta bancária destinatária diversa de seu solicitante.
Secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado, alerta para o tipo de crime e para importância de se registrar o Boletim de Ocorrência (BO). Ele destaca que esse é um golpe aplicado, não somente no estado do Pará, e muitas vezes a pessoa se quer é do estado do Pará.
O secretário também informou que há um trabalho específico de investigação relacionado a essas quadrilhas. “Algumas ações já foram feitas e é importante que as pessoas possam nos ajudar no sentido de checar sempre quando receber um pedido por mensagem, que se certifiquem, pessoalmente ou por chamada de vídeo, e também que possam registrar a ocorrência dessa tentativa ou da consumação desse golpe, informando número de telefone, tirando print da conversa, para facilitar a polícia a chegar nessa quadrilha”.
Fonte: Agência Pará