Alter do Chão: Pandemia afeta alta estação e pode consolidar ano perdido para o Turismo

No oeste do Pará, faltando menos de 30 dias para o início da chamada Alta Estação, período de maior movimentação de turística em Santarém, a vila de Alter do Chão, segue sob medidas de isolamento, longe dos visitantes. Os decretos que determinam o fechamento dos balneários encerram no dia 7 de junho. Porém, a confirmação de milhares de casos no município e o risco de contaminação que deve durar um longo tempo, podem manter o turista afastado por meses.

“Considerando que este quadro vai continuar e considerando que poucas pessoas viajarão porque ainda estarão amedrontadas com a possibilidade de contrair o vírus, certamente, vamos ter um ano muito difícil e isso significa que muitas empresas que não tiverem suporte e fluxo de caixa, vão passar por dificuldades sérias com demissões e correndo o risco de encerrar suas atividades”, analisa o empresário Pedro Paulo Buchale, que possui um empreendimento no setor hoteleiro.

Alta estação

Entre o entre os meses de julho e janeiro, Alter do Chão vive a chamada Alta Estação, sendo uma ótima opção para quem pretende curtir o ‘verão amazônico’. O mês de setembro é a melhor época para visitar a localidade, pois o volume de água diminui e formam bancos de areia, o que deixam as praias em mais visíveis devido a vazante do rio Tapajós.

Durante o período, eventos como o Sairé e o feriado da Semana da Pátria e o Reveillon ajudam a manter as taxas de ocupação de hotéis e pousadas próximas de 100%. Com o prolongamento da pandemia, os empreendedores do turismo acreditam que a movimentação caia em aproximadamente 50%. Comércio, restaurantes e rede hoteleira, correspondem a quase 90% da mão de obra formal da localidade.

“Tentar sobreviver em 2020 com os poucos recursos que teremos nos faz analisar que 2020 será um ano que não existirá para o turismo local. Quem sabe haja uma saída com o apoio governamental para que a gente pelo menos não demita os funcionários, o que é uma grande preocupação. Desempregar nossos colaboradores é uma coisa doída e se o segundo semestre não tiver ocupação será impossível manter o quadro de funcionários aqui na vila”, conclui Pedro Paulo.