Pontos turísticos vazios, ruas e praias desertas. Este é o cenário registrado em Alter do Chão, no oeste do Pará, que completou 60 dias de isolamento, medida que faz parte do plano das autoridades para conter o avanço do novo corona vírus. Sem turistas circulando foi possível registrar o letreiro, a Ilha do Amor e a Praça 7 de Setembro sem nenhuma movimentação, apenas com integrantes da Polícia Militar que permanecem de plantão para assegurar o cumprimento dos decretos.
Com aproximadamente 9 mil habitantes, Alter do Chão é um distrito administrativo de Santarém, que fica distante aproximadamente 37 quilômetros do centro urbano e vive intensamente do turismo, onde 90% dos trabalhadores de carteira assinada estão ligados diretamente ao setor e atualmente estão afetados pela paralisação das atividades.
De acordo com o boletim epidemiológico emitido pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) o município de Santarém contabilizou 566 casos confirmados da Covid-19 com 30 mortes. Não é possível estimar quantos casos foram detectados ao certo na Vila Balneária. O relatório da Sespa apenas aponta que a região do Eixo Forte contabiliza 8 casos confirmados com 1 morte e outros 2 que permanecem em análise. Segundo apurou o Portal Aldeia News há uma mobilização do Ministério Público do Pará (MPPA) para que haja mais transparência na divulgação destes dados.
O único registro oficial no local foi o da idosa de 87 anos que contraiu a doença e morreu no dia 19 de março. A confirmação só ocorreu no dia 1º de abril e o caso entrou para a estatística como a primeira em todo Pará.
Alter do Chão
Em 2018, Alter do Chão foi classificada como a primeira entre os dez lugares com as praias mais bonitas do Brasil, pelo jornal inglês The Guardian. Em 2009, O jornal já havia apontado a vila como o lugar mais bonito do mundo com praias de águas doces.
É o lugar ideal para aproveitar o ‘verão amazônico’, com o período de alta estação entre os meses de julho e janeiro. O mês de setembro é a melhor época para visitar a localidade, é quando o volume de água diminui e formam bancos de areia e praias, que ficam mais visível devido a vazante do rio Tapajós.
