Pará ultrapassa RJ e RS e sobe para 3º em exportações na balança comercial
Depois de destronar Mato Grosso e Paraná ao longo de 2019 e encerrar o ano em 5º no quesito exportações, o Pará deu um passo adiante em janeiro e fechou o primeiro mês do ano em situação ainda melhor. E aliás: um passo, não, dois. É que o estado empurrou as potências Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e fechou o mês em 3º lugar na balança comercial, de maneira inédita.
O Pará exportou 1,57 bilhão de dólares em commodities, sendo superado apenas por Minas Gerais (1,78 bilhão) e São Paulo (2,92 bilhões). Ao Brasil, o Pará fornece um resultado ainda melhor: deu o maior lucro comercial ao país, com superávit de 1,44 bilhão de dólares, sem concorrente à altura. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu junto ao Ministério da Economia.
Os recursos minerais exportados pelo estado, no valor de 1,171 bilhão de dólares, são superiores às transações comerciais inteiras de 23 das 27 Unidades da Federação. É muita coisa, e o destaque é, sem novidade, o minério de ferro, principal produto da cesta paraense e cujas vendas totalizaram 1 bilhão de dólares em janeiro. O ferro é seguido do hidróxido de alumínio (173,77 milhões de dólares) e do cobre (141,66 milhões de dólares). O Pará teve no mês passado 192 diferentes commodities exportadas, incluindo-se produtos químicos, carnes, grãos, frutos, peixes, pedras preciosas, ferro, aço, alumínio, papel, madeira, boi vivo, entre outros.
Em termos de destino das exportações, a China é o principal consumidor do portfólio paraense. A principal economia da Ásia consumiu 51% da produção do estado, sendo seguida pela vizinha Malásia, que importou 7%. A China, diga-se de passagem, é a fã número um do minério de ferro do complexo de Carajás, em razão do alto teor de pureza do produto, que chega a 67% de hematita. Maior produtora de aço, a China usa o minério de Carajás como aliado na luta contra a severa política local para emissão de gases poluentes, uma vez que, pelo elevado teor, o produto paraense exige menos das siderúrgicas no processo de transformação.
Fonte: Blog do Zé Dudu