Dos 10 clubes da 1ª divisão do Campeonato Paraense, 7 possuem programa de sócio-torcedor

Na primeira divisão do Campeonato Paraense, dos 10 clubes que entram na disputa a partir do dia 18 de janeiro, 7 deles contam com programas de sócio-torcedor, o que corresponde a 70%. Remo, Paysandu, Águia, Paragominas, Independente, Castanhal e Tapajós entram na lista. Itupiranga e Carajás, que vieram da segunda divisão e o Bragantino são a exceção. 

“Cada vez mais o programa de sócio-torcedor tem sido importante para os times de futebol, principalmente times que estão em regiões menos privilegiadas com as grandes cotas de televisão. Na região norte, a maioria dos clubes estão nas séries C e do campeonato Brasileiro e ficam fica fora da cota dos grandes canais, contando apenas com as cotas de transmissão das competições estaduais. É importante que os clubes cada vez mais contem com esse apoio do seu torcedor como uma alternativa para arrecadação”, ressalta Junior Tapajós, que representa a empresa Sócio Clube, que gerencia o programa em alguns clubes.

As regras para se associar variam de time para time. Em geral é paga uma anuidade ou uma mensalidade e o torcedor passa a ter o direito de comprar ingressos para as partidas antecipadamente, com descontos que variam de 20% a até 75%. Para aumentar o número de associados, muitos times têm usado a criatividade e oferecido vantagens extras como interatividade com os jogadores, convite para lançamento de uniformes e até descontos em produtos.

“Se os times do Pará e os de Santarém buscarem essa gestão transparente e mais próxima do seu torcedor podem ter bons resultados. O torcedor tem o sentimento de amor pelo time e pode se propor a pagar uma mensalidade para ajudar a manter o funcionamento do clube desde que ele tenha o retorno de como os valores são investidos”, conclui Junior Tapajós.

Clubes de Santarém

São Raimundo, São Francisco e Tapajós não divulgaram números oficiais atualizados sobre a quantidade de sócios-torcedores nos últimos meses. De acordo com um levantamento feito pelo Portal Aldeia News a arrecadação feita nesse modelo de gestão participativa ainda é considerado tímido, correspondendo a menos de 5% da receita total dos clubes.